quinta-feira, 9 de junho de 2011

O diabo

Ela apareceu, a carta 15.  O diabo.
Tudo deveria estar sob controle. Todo o desejo de tê-la nua, colada ao seu corpo, a vontade de sentir-la por dentro, úmida e macia. Não deveria dizer que quero acariciar o seu corpo todo e tocar e beijar, fazer o que ela pedir lamber, lambuzar. Com certeza ela não deveria fazer isso, afinal fomos ensinadas a cruzar as pernas e não abri-las. Ela quer tirar suas roupas devagar, com cuidado para não arrancar nenhum botão e nem rasgar o delicado tecido de sua blusa. Ela quer deslizar as mãos de baixo para cima nas suas pernas e chegar até seus seios. Mas ela também não deveria dizer e nem fazer isso, mas a sua mão já toca seu rosto e seus dedos já anteriormente molhados já estão dentro de sua boca.
Seus olhos já estão fechados e o prazer inunda seus corpos. Ela sabe que não deveria, mas agora os movimentos, são como coreografia, fluem como um tango, as pernas entrelaçadas e a respiração das duas seguem o mesmo ritmo, as pausas, os allegros e os adágios. Tudo flui.  
E a dança é uma bela dança, que lindo e que perfeito, que intenso, elas se olham de cima a baixo, e pensam, mas não precisam falar, pois tudo é dito co as mãos, enfim, elas já entraram no interior uma da outra.
E agora ela já não pensa mais que não deveria.
A carta, ela está ao lado caída, e o assustador rosto de Kali brilha para elas e a Flauta de Pan finalmente é tocada para celebrar o êxtase, e a entrega...a entrega total ao que há de mais selvagem!

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